Textos


Destino

 

 
Hei de ser sempre alguma coisa tua
Coisa que o teu desprezo não destrua...
Farta, sutil e eterna como a poeira
. ”
(Destino, Benedicta de Mello)


 
A vida nos uniu de tal maneira
Que, mesmo separados, juntos vamos
Nas rotas sem destino,  flores, ramos,
Ou pássaros nos galhos da mangueira...
 
A vida nos uniu – antiga oleira –
No tempo em que, fogosos, nos amamos,
Serenos, sem cobranças, sem reclamos,
Ou rastos de tristeza à nossa beira.
 
Há marcas de teu corpo no meu leito,
E vejo-te por perto quando espreito
Os cantos da saudade que me habita.

 

De alguma forma sempre  serei tua
Porque inexiste força que destrua
Nosso passado e sua luz bendita.

 

Escrito e publicado no facebook em 02/01/2022

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 05/01/2022
Alterado em 07/01/2022
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