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Reflexões (27)

O Homem nasceu sem ter maldade alguma,
desnudo de paixão, de inveja e pejo,
movido pela força do desejo,
do instinto que recria a vida, em suma.
 
E, do ódio, não sentia o fardo e a bruma,
- o horror que, em todo canto, agora vejo –
nem tinha, para a guerra, esse traquejo
que cresce tanto, viça e se avoluma.
 
Mas onde se perdeu a humanidade?
Nas brenhas da cobiça? Da vaidade?
Será que o fim, aos poucos, se avizinha?
 
Que cada qual propale à sua prole
que, a imensa boca do ódio, a tudo engole,
até o coração, no qual se aninha.
 
Brasília, 03 de fevereiro de 2016.
 
Lira insana, 2016: pg. 47
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 03/02/2016
Alterado em 04/09/2020
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