Textos


Em nome da poesia (2)

Em nome da poesia, ó, dor, imploro
que me libertes dessa letargia,
dessa tristeza em forma de agonia,
de pranto que me escapa em cada poro.

Traz-me somente um verso bem sonoro,
um verso só, mas prenhe de poesia
( um bom soneto assim se principia 
com força originária de um esporo).

Quero enflorar por sobre as minhas chagas,
no sangue que me arrancas com adagas
de finas pontas, sem pudor, piedade.

Transmutarei, em versos, meus penares,
bebendo da poesia dos lugares
onde plantei sementes de saudade.

Brasília, 1º. de Agosto de 2014.

Absinto e Mel, pág. 58
Sonetos selecionados, pg. 114
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 01/08/2014
Alterado em 27/08/2020
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