Textos


Apelo
 
Vem! Antes que o desejo, em mim, se abrume
e seque, do meu corpo, a seiva ardente,
enquanto o meu momento, assim, consente,
e sou, também, paixão (e não queixume);
 
enquanto eu sou teu mar e continente,
a rosa rubra e espinho,  sou perfume,
sou lua, sou luar, e vaga-lume
no céu de teu olhar, tão resplendente.
 
Eu vivo a te buscar,  demais perdida,
e aos quatro ventos, clamo por teu nome,
envolta nesse afeto, que me enlaça.
 
Ai! Vem!  Que o tempo passa e passa a vida,
o amor se esvai, o encanto se consome,
e tudo perde o tom, razão e graça.
 
Brasília, 23 de Maio de 2013.
Sonetos diversos, pg. 92
Pura chama, pg. 105
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 23/05/2013
Alterado em 21/08/2020
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