Eu canto e cantarei até a morte
Eu canto e cantarei até a morte
as vítimas de tantas injustiças,
por conta de ganâncias, de cobiças,
que medram no país, de sul a norte;
defendo, sim, princípios e premissas
(embora muita gente não se importe):
a vida não se tira por esporte,
pessoas nunca devem ser omissas.
Que sejam garantidos os Direitos
à terra e à vida aos povos milenares,
sem truculências, mortes ou suicídios.
Nações carregam marcas de seus feitos
(chacinas em aldeias, em Palmares):
por quê, ó, meu Brasil, mais genocídios?
Brasília, 26 de novembro de 2012.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 17