Eu vi nascer a dor
Eu vi nascer a dor que assim me esgarça
no dia em que partiste, foste embora,
chovia dentro em mim, chovia fora,
pois eras meu amor, o meu comparsa;
ainda estou perplexa, mesmo agora,
um verdadeiro amor não se disfarça,
ou passa, como a chuva fina e esparsa,
que orvalha a triste alma de quem chora;
a dor que me devora, eu vi nascer,
naquele dia triste - que agonia -
deixando-me tão só, sem ti, querido.
E sofro desde então! E eu hei sofrido
porque tu eras fonte de alegria,
que aos poucos se secou, até morrer.
Brasília, 7 de Novembro de 2011.
Seivas d'alma, pg. 45
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 07/11/2011
Alterado em 16/08/2020
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