Textos


Enlace fatal
Edir Pina de Barros

 
Chorava a fonte, a tarde que caia,
sanguinolenta e triste no horizonte,
sangrava a tarde e mais chorava a fonte,
ao fim do langoroso e triste dia;
 
chorava ao ver, da tarde, tal desmonte
a fonte que, de dor, ficou mais fria,
demais chorou, até ficar vazia,
sem água sobre a areia fina e insonte.

Ai! Como é triste ver morrer a tarde
ensanguentada e sem fazer alarde,
entregue, tão passiva, ao por do sol.
 
Choramos, eu e a fonte, de tristura,
sentindo dentro em nós terna amargura,
ao ver morrer a tarde no arrebol.

 
Brasília, 4 de Setembro de 2011.

Poesia das Águas, pg. 95

 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 04/09/2011
Alterado em 18/07/2020
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