Textos


Cl(amor) pantaneiro
Edir Pina de Barros
                             
Vem se perder nos meus espaços, véus, planuras,
nas mornas águas limpas dos meus pantanais,
e percorrer os braços, lagos e canais,
ver aguapés em flor, corixos de águas puras.
 
Oh! Vem rolar nas minhas relvas alagadas,
olhar, de perto,  as rendas dos ninhais em teias,
sentir prazer sem fim, sem ter limites, peias,
nas minhas tardes mornas, noites,  madrugadas.

Vem ver as belas garças ágeis, alvadias,
nos céus, nos meus espelhos d’água refletidas,
nos horizontes tão extensos, tão sem fim;
 
vem mergulhar em minhas noites, nos meus dias,
sentir mil emoções há muito não sentidas,
nas encantadas horas de arrebol em mim.
 
Brasília, 27 de Novembro de 2010

Poesia das águas, pg.47

 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 27/11/2010
Alterado em 16/07/2020
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