Textos


Ao toque desse animado
bailo, danço e faço verso,
daquele bem temperado
e sabor do mais diverso!
Cantando tantas riquezas
desse mundo de meu Deus,
tirando das profundezas,
estes versos que são teus!
E dançando sigo em frente
plantando tanta semente!
 
Tentando a areia beijar
as ondas do mar se quebram
espumosas a rolar
e por entre vagas medram...
E com volúpia se escumam
na areia que é fugidia...
Com cheiro d'água perfumam
a longa praia alvadia!
E a areia dengosa rola,
e ao pobre mar não consola!
 
Com versos de tom profano,
tentei fazer-te entender,
o que se passa alontano,
donde vem tanto sofrer...
Profanos e perigosos
os versos que fiz pra ti
falando do que eu senti
nos teus gestos ardilosos!
Gritei, sim,profanos versos
joguei ao vento, dispersos!
 
Deste jeito que é só meu
eu vou compondo meus versos
sem saber o que é coreu
e outros saberes diversos!
Dátilo ou mesmo anapesto,
iambo e... também troqueu...
são coisas que desconheço!
Desse jeito que é só meu
vou me virando do avesso...
pedindo perdão pra Orfeu!


Hoje inicio uma nova etapa do meu fazer poético. Estou tentando aprender o ritmo denominado dátilo.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 09/07/2009
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