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MÂE TERRA

Eu sou a tua mãe terra
te alimento no ventre
te balanço na rede
te acolho no colo
recebo teu corpo
vivo ou morto.
Te sustento
te reduzo
a pó!
Os rios
serpenteiam
toda minha pele
cortam meu corpo!
São minhas veias
que matam tua sede
as cascatas, meus espasmos
de prazer
e dor!
As frondosas matas
fincam em mim raízes,
navalhas penetrantes
sugando energia
para purificar
o ar
que respiras.
O astro-rei
nos aquece.
Somos
um
só!
Destróis em mim
tua própria vida!
 

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 18/12/2008
Alterado em 05/12/2012
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