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Recomeçar

A Penélope
que há muito tempo
fez morada em mim
Cansou-se de tecer anos a fio,
de desmanchar e refazer
A teia entretecida com a espera
do distante amado...
Cansou-se de tecer
com os fios dourados dos sonhos
As ilusões, a felicidade,
sempre fugidia, que desespera!
A singular desdita desta imensa,
interminável espera!
Como Pandora
eu abri sem receio
a tampa do passado
Libertei-me das tristezas,
angustias, sonhos malfadados
Vazia fiquei,
profundamente vazia,
livre para recomeçar...

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 24/11/2008
Alterado em 14/02/2009


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