Textos


Reflexões

 

Há quem se entregue ao mar, às vagas da luxúria,

às ondas do prazer que espumam sobre a areia,

no vai e vem febril, que tudo quer, anseia,

sem nada que contenha o seu agir em fúria.

 

Há quem se entregue, sim, com displicência, incúria,

à força da preamar, na plena lua cheia,

que causa muito mal, a tudo chicoteia,  

sem se importar, também, com sua ação espúria.

 

Há quem só pensa em si, de um modo vil, insano,

e deixa, no seu rasto, a dor, tristeza e dano,

vestígios do penar, as marcas da devassa.

 

A vida é delicada, efêmero existir,

semeia com amor, agora e no porvir,

porque viver é dom, se evola igual fumaça.

 

Edir Pina de Barros

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 03/05/2025
Alterado em 03/05/2025
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