Fagulha que rebrilha na penumbra
provém de teu olhar, que me ilumina,
injeta em minha veia adrenalina
e o desejado amor, meu ser vislumbra.
Meus olhos, eclipsados pela umbra
da imensa timidez, que me amofina,
recebem tua luz alabastrina
e toda escuridão, em mim, se alumbra.
Pressinto o intenso lume das estrelas
do céu de teu olhar e busco vê-las,
de zênite a nadir e do oeste a leste.
E se me fitas tanto até que eu tisne,
mergulho nos meus sonhos, feito um cisne,
e emerjo no teu cosmo azul celeste.
Edir Pina de Barros
Tela: van Gogh