Textos


Mulher 

 

Eu sou mulher! Meu corpo é templo e casa!
Entre os meus seios, quando te acarinho,
agitas todo o corpo sobre o linho,
se mais te afago, tudo em ti se abrasa.

 

A vida em mim transborda, se extravasa,
sou taça que desborda o próprio vinho...
Os meus limites? Nunca os adivinho,
mas meu desejo queima feito brasa.

 

 No atávico prazer meu corpo berra
e vibra mais que guizos de serpentes
enquanto, sobre as rendas, me tateias.

 

Sou útero, sou ventre, sou mãe-terra!
Eu gero vidas. Nunca me violentes!
Eu não aceito cangas, freios, peias.

 

 

Edir Pina de Barros

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 14/03/2025
Alterado em 14/03/2025
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários