Textos


Nostalgia

 

Andeja solitária, eu sigo em ermas sendas,
a derramar o pranto em forma de poesia,
a carregar no peito a dor que me excrucia,
sem esperar, também, que um dia tu me entendas;

caí, ó, nostalgia, entre teus véus e rendas,
nas fendas da tristeza e da melancolia
que marca meu viver e, aos poucos, me entedia,

trituras-me bem mais que os dentes das moendas.

 

Envolta no teu manto, eu sobrevivo a tudo,

abismos tão sem fim, porém em ti me escudo...

És fonte de estesia e tudo o que me inspira.


Mas tive um grande amor, que sempre vem, me invade

e pulsa em minha entranha em forma de saudade,

a musa que me alenta e tange a minha lira.

 

Edir Pina de Barros
(versão 2)

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 14/01/2025
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