Desencanto
“Quando partimos no verdor dos anos”,
movidos por paixão, a mais sublime,
daquela que o fascínio na alma imprime,
deixando para trás os desenganos.
Partimos sem pensar em mágoas, danos,
ou mal qualquer, tristeza ou mesmo crime,
a procurar os bens que se colime
e ser feliz até que caia os panos.
Mas encontramos mares de egoísmo,
que concluímos ser algum sofismo
acreditar em sonho assaz fugaz.
No outono desta vida, sem quimera,
avante vamos, tudo se oblitera
“e as esperanças vão ficando atrás”.
Edir Pina de Barros
O primeiro é último versos são de autoria de Padre Antônio Thomaz, soneto CONTRASTE