Resiliência
“Nada há que me domine e que me vença”,
carrego a força infinda que me arrasta
ao reino da utopia, e entusiasta,
na poesia busco a recompensa.
E sou guerreira, mais do que se pensa,
jamais serei, na vida, iconoclasta,
domino a dor, que nunca me vergasta,
também rancores, mágoas, malquerença.
Eu já morri nas pontas das adagas
e renasci das cinzas, entre pragas,
a realizar colheitas tão sonhadas.
Por entre os interstícios das quimeras
Desvelo todo o encanto das esperas
“e de outras mais serenas madrugadas!”
Edir Pina de Barros
Academia Brasileira de Sonetistas (ABRASSO)
Os versos 1 e 14 são de autoria de Cruz e Souza, soneto Inefável.
Escrito para trilha do Fórum do Soneto