Textos


Resiliência (dialogando com Cruz e Souza)

Resiliência

 

“Nada há que me domine e que me vença”,

carrego a força infinda que me arrasta

ao reino da utopia, e entusiasta,

na poesia busco a recompensa.

 

E sou guerreira, mais do que se pensa,

jamais serei, na vida, iconoclasta,

domino a dor, que nunca me vergasta,

também rancores, mágoas, malquerença.

 

Eu já morri nas pontas das adagas

e renasci das cinzas, entre pragas,

a realizar colheitas tão sonhadas.

 

Por entre os interstícios das quimeras

Desvelo todo o encanto das esperas

“e de outras mais serenas madrugadas!”

 

Edir Pina de Barros

Academia Brasileira de Sonetistas (ABRASSO)

Os versos 1 e 14 são de autoria de Cruz e Souza, soneto Inefável.

Escrito para trilha do Fórum do Soneto

 

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 28/02/2023
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