Faz escuro, mas eu canto,
Um canto forte, sem par,
Que corta rochedo, mar,
e vence o cansaço, espanto,
reverbera dentro em mim,
ecoa um eco sem fim.
Faz escuro, mas eu canto,
vagido ancestral, profundo,
que atravessa o cosmo, o mundo,
renasce em qualquer recanto,
no cerrado e mata em flor,
da seiva fértil da dor.
Faz escuro, mas eu canto...
Edir Pina de Barros
(Faz escuro, mas eu canto... Thiago de Mello)