Lamento
Fito o manto estelífero e anilado,
Rendilhado de encantos do infinito,
o mistério do tempo circunscrito
por saberes retidos do passado.
E a mirá-lo, em silêncio, de bom grado,
Rememoro as metáforas do mito,
O sentido do mundo em que transito,
Aprendido com índios, lado a lado.
Demiurgos e míticas figuras,
Habitantes do cosmo, nas alturas,
no fantástico espaço luzidio.
Lamentável perder a humanidade
As riquezas de tal diversidade
renegada por séculos a fio.
Edir Pina de Barros