Textos


EFEMERIDADE

 

Róseos rosais, roseiras, roseirais

Se enfloram pouco a pouco, e em todo canto

A vida se ilumina – um acalanto

Que seca o pranto, amansa dores, ais.

 

Primaveris encantos que jamais,

Jamais me esquecerei e que, portanto,

Exaltarei nos versos que aqui planto,

E plantarei bem mais, bem muito mais.

 

Rosas, rosas... Tão belas, tão fugazes,

Com cheiros e perfumes das quimeras,

Que se evolam nos ares, qual fumaça.

 

A vida, como as rosas, tem as fases

A vida, como as rosas, que veneras,

É bem precária, logo acaba, passa.

 

Edir Pina de Barros

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 18/10/2021
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