EFEMERIDADE
Róseos rosais, roseiras, roseirais
Se enfloram pouco a pouco, e em todo canto
A vida se ilumina – um acalanto
Que seca o pranto, amansa dores, ais.
Primaveris encantos que jamais,
Jamais me esquecerei e que, portanto,
Exaltarei nos versos que aqui planto,
E plantarei bem mais, bem muito mais.
Rosas, rosas... Tão belas, tão fugazes,
Com cheiros e perfumes das quimeras,
Que se evolam nos ares, qual fumaça.
A vida, como as rosas, tem as fases
A vida, como as rosas, que veneras,
É bem precária, logo acaba, passa.
Edir Pina de Barros