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AZUL
 
Amanhecendo, em líquida safira,
no rendilhado manto, em luz refeito,
o sol retoma, aos poucos,  o seu reino,
a iluminar a mata, a terra, a vida.
 
Redoma celestina do oceano,
abriga, no seu ventre, a eternidade,
a vastidão da paz, da liberdade,
do sonho, fantasia em puro estado.
 
E beija, no horizonte, o mar profundo,
e a imaterialidade do futuro
do castelo de areia, exposto ao tempo.
 
E quando, no cerrado, a serra tange,
na azulina pureza de um enlace,
o lago espelha calmo o firmamento
 
Edir Pina de Barros
 
Brasília, 28 de Junho de 2020.
 
 
 
Versos em negrito: Fernando Belino

AZUL
 
Amanhecendo, em líquida safira,
além, desponta o sol, na serra abaixo,
a lançar raios na água do riacho,
acaricia e beija a própria vida.
 
Em todo canto, o encanto  em tudo habita,
na arara azul, seu voo lento e baixo,
na seriema altiva, seu penacho,
a pastar, calmamente, na campina.
 
Desperta o camponês, desperta o gado,
e canta, com vigor, ao longe, um galo,
em tudo está o belo, em si, expresso.
 
Sob o azulino véu, que a tudo afaga,
a terra, o milharal, os  pés de cana,
o lago espelha calmo o firmamento.
 
 
Brasília, 28 de Junho de 2020.
 
 
Versos em negrito: Fernando Belino
 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 21/01/2021
Alterado em 22/01/2021
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