*Ocaso*
Se falo em separar, depressa te aborreces,
e não entendo, não, mas seja como for
devias me escutar, sem mágoas, sem rancor,
em todo fim, meu bem, existem perdas, messes.
Mereço ser feliz, e tu, também, mereces,
se nos amamos tanto, agora, por favor,
aceita que morreu, o nosso intenso amor,
façamos, por nós dois, as mais sagradas preces.
E sei! Sabemos nós da nossa dor sem cura,
em ver morrer, assim, afeto que foi belo,
repleto de paixão, vivido com ternura...
Mas não devemos, não, manter veraz loucura,
reconheçamos, pois, rompeu-se o laço, elo,
morreu o nosso amor, que agora, triste, velo.
Brasília, 20 de Maio de 2011.
Seivas d'alma, pg. 58
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 16/08/2020
Alterado em 16/08/2020