Saudade (rimas consoantes)
Saudade, amiga e companheira vera,
Falar-te venho do caminho estreito
no qual andejo a carregar no peito
angústia e dor, recordação, quimera.
Do mar profundo, o tenebroso leito,
Carrego, em mim, a solidão da espera,
Nos dias meus, a nostalgia impera,
E sempre triste, a soluçar, me deito.
Senhora minha, humildemente rogo,
Comigo vem, eu necessito, e logo,
Do teu afago, a dissipar agrura.
Sigamos, juntas, a esbater a chaga,
Cumprindo, assim, a inexorável saga
de andar ao léu, a padecer, sem cura.
Edir Pina de Barros
Brasília, 8 de Julho de 2.020.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 11/07/2020
Alterado em 17/07/2020