Saudade
Edir Pina de Barros
Se todo amor transmuta-se em saudade
de tudo o que se foi e que ficou
no espelho da memória, refletido,
traslado distorcido das lembranças.
E se a saudade é ausência deletéria,
que traz ao leito as águas do passado,
com seus fantasmas – sólidas presenças -
o que fazer da dor que ela produz?
Precipitado intrínseco do amor
que em si se evola e se materializa
nos sertões da alma que saudosa torna.
Isso é saudade! Água que se estanca
em pleno precipício, não mais flui,
uma ilusão que o tempo consolida.
Publicado no facebook em 22 de abril de 2017
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 25/04/2017
Alterado em 27/06/2020
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.