O amor é águia
Se tu me vens assim cheirando a mato,
olhar de águia, cheio de desejo,
a suplicar a dádiva de um beijo,
os fios dos meus pejos eu desato;
e quando com meus beijos te arrebato
tornando-te uma presa (assim te vejo)
sujeito à minha força, ao meu manejo,
tu és tão meu, no tempo certo, exato.
E quando, enfim, estás entregue a mim
adejo nos teus céus azuis sem fim,
e volto a te enlaçar, em ti me aninho.
E tal sentir ninguém explica, nunca,
o amor é águia, tem a garra adunca,
e a vida voa e voa. É passarinho.
Brasília, 1º. de Dezembro de 2016.
Caixa de Pandora, pg. 27
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 01/12/2016
Alterado em 27/08/2020
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.