Mas como não sonhar se a vida é sonho
um mundo etéreo, feito de quimera,
e nunca o que se quer - o que se espera -
às vezes triste e às vezes tão risonho.
Por isso nesses versos que eu componho
à luz do sonho eu canto a primavera
que o encanto de viver nos assevera,
e não o inverno gélido, enfadonho.
Sonhei! E dos meus sonhos de poeta,
- que nunca serão sonhos de um asceta –
desentranhei os versos que ora escrevo.
Sonhemos, pois, que o sonho alegra o triste,
e torna bem melhor quem não desiste
de sempre olhar a vida com enlevo.
Brasília, 08 de Novembro de 2016.
Caixa de Pandora, pg. 48
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 08/11/2016
Alterado em 27/08/2020