Vai saudade
Edir Pina de Barros
Saudade minha vai, cerrado afora,
buscar o meu amor, por entre flores,
e seguirei, por onde quer que fores
os passos teus, que são os meus agora.
Procura vale adentro, rios, flora,
pergunta aos índios, sábios caçadores,
aos guardiões das águas, protetores
das matas, onde tudo viça e enflora.
Saudade que no peito reverbera
procura, nas entranhas da quimera,
aquele que é o senhor de meu encanto.
Pois vai, saudade minha, que algum dia
encontrarás, nos rastos da poesia,
o grande amor que eu tive e agora eu canto.
Brasília, 04 de Novembro de 2.016.
Caixa de Pandora, pg. 49
Querida Edir, sou um admirador do teu trabalho. Espero que não se importe que eu lhe deixe uns simplórios versos.
Saudades
Estes são versos de tristeza pura
Que traduzem a mais profunda dor,
São lamentos deste pobre trovador,
Esta alma sem brilho e sem alvura.
A pena rasga o papel sem mesura,
Declara ao mundo com triste langor:
Como posso viver sem seu amor,
Sem seu carinho, sem sua doçura?
Derramo nestas linhas, sentimentos,
Carregados de tristezas e lamentos,
Um concerto de notas angustiantes.
Ah... se ela soubesse como é doída,
Como esta minh'alma chora sentida
A saudade dela é dor... sufocante!
(Marcos)