Vozes da poesia
Edir Pina de Barros
Existo no vazio que há no hiato
entre os meus eus, as vozes da poesia,
escrevo em meio a tal polifonia,
atenta a seu sentido, que é translato.
Os nós que nos vinculam, não desato,
pois são os mensageiros da estesia,
que o encanto do viver, em si, recria,
no tempo e no momento certo, exato.
Eu sou abrigo, estrada ou mesmo atalho
de vários eus, que todo canto espalho
em forma de soneto, minha lida.
Os múltiplos olhares sobre o mundo
que, assim, traduzo em versos e difundo,
enxergam, sempre, o belo que há na vida.
Brasília, 16 de Agosto de 2.016.
Livro: Lira insana, pg 11 - 2016
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 16/08/2016
Alterado em 01/09/2020
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