Textos


Confissões (66)
Edir Pina de Barros

Suplício mesmo, é amar-te desse jeito,
com tanta insensatez, demais loucura,
que chego a padecer, pois me tortura
querer-te tanto, quando assim te espreito.
 
E quando ao lado teu, enfim, me deito,
eu sinto um frenesi, que em mim perdura,
em forma de desejo e de ternura,
que o mundo me parece azul, perfeito.
 
Amar-te, desse modo, sem pôr peias,
do jeito que eu te quero e tu anseias,
é dom que me faz bem, é minha prece.
 
Que doce inferno que esse amor encobre
porque, apesar de frágil,  é forte e nobre
e nunca perde o encanto, ou se arrefece.
 
Brasília, 10 de Agosto e 2.016.

Caixa de Pandora, pg. 58

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 10/08/2016
Alterado em 22/02/2023
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