Textos


Doce absinto
Edir Pina de Barros

Por tudo que esta vida me afortuna,
dominarei rancores, que rumino,
e cantarei seu lado bom, divino,
que viça nos seus vãos, cada lacuna.
 
Se existe tal penar, que me importuna,
e faz-me ruminar, perder o tino,
por conta dessa dor, que eu me amofino,
com ela aprenderei: sou boa aluna.
 
E enfrentarei a dor que dentro sinto
e beberei seu fel. Oh! Doce absinto
que guarda, em si,  o  bálsamo que cura.
 
E beberei a seiva, gole a gole,
até que toda mágoa se acrisole
e prevaleça a paz do  amor, candura.
 
Brasília, 25 de Junho de 2016.
Lira insana, 2016: pg.25
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 25/06/2016
Alterado em 01/09/2020
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários