Textos


Mutações
Edir Pina de Barros

Eu não me vejo mais no espelho baço
de teu olhar, outrora flamejante,
e já não sou feliz, por mais que eu cante
não posso disfarçar o meu cansaço.
 
Agora estou aqui – nem sei que faço –
a lua cheia agora está minguante,
já não podemos mais seguir adiante,
porque rompeu-se o nó, desfez-se o laço.
 
Agora em teu olhar eu vejo a bruma
da morte desse amor, que em ti se esfuma,
e rendas sobre os véus dessa agonia.
 
Ah! Meu amado! A morte é recomeço,
pois tu renascerás do meu avesso
em forma de soneto, de poesia.
 
Brasília, 03 de Abril de 2016.
Lira insana, 2016: 65
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 03/04/2016
Alterado em 05/09/2020
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