Guerreira
Edir Pina de Barros
Resisto sempre assim, no fio da navalha,
e sangro sem sangrar, seguindo sempre em frente,
procuro não chorar, e controlar a mente,
refuto vacilar, para evitar a falha.
E sou feliz demais, se enfrento uma batalha,
explode a vida em mim, e sigo resistente,
lutando sem cessar. Eu sou sobrevivente
e não aceito, não, viseiras, nem cangalha.
E não concebo, não, viver na escuridade,
desconhecer a paz, a luz da liberdade,
apenas só viver, sem ter direito a nada.
Jamais segurarei o grito na garganta,
diante da injustiça e tudo o que me espanta,
gritar me faz viver, jamais morrer calada.
Brasília, 07 de Maio de 2015.
Versos alados, pg. 12
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 07/05/2015
Alterado em 10/08/2020