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Não vás embora!

Não vás embora, meu amor! Chuvisca
e está tão frio. O céu está nublado.
Podias descansar - estás cansado –
e a escuridão do céu um raio risca.
 
A tênue luz do quarto freme e pisca,
e vejo, entre clarões, teu corpo amado...
Ai! Tu bem sabes que, contigo ao lado,
não agiria igual pombinha arisca.
 
Refulge em mim a luz dos teus olhinhos,
que aumenta os meus desejos de carinhos...
Ai! Não me negues, não, essa alegria.
 
Pois fica, meu amor, que serei tua,
aqui, à luz de velas, que acentua
o encanto ímpar dessa noite fria.
 
Brasília, 18 de Dezembro de 2014.

Edir Pina de Barros

Absinto e Mel, pág. 28
Sonetos selecionados, pg. 106
 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 18/12/2014
Alterado em 19/06/2020
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