Textos


Reflexões sobre a dor (1)
 
Ninguém tem culpa quando o amor se finda,
perdendo todo o viço, resplendor,
e se emurchece feito a rubra flor
que tempos antes fora tenra e linda.
 
Ninguém tem culpa, não, se nasce o amor
que alguém sentiu, ou mesmo sente, ainda,
e se tornou razão de dor infinda,
de  mágoa, tédio ou ódio, até rancor.
 
Seremos sempre os próprios responsáveis
por tudo o que sentimos, desejamos,
tornando-nos mais fracos,  vulneráveis.
 
Ninguém tem culpa se demais sonhamos,
se os sonhos são castelos intocáveis,
e frágeis nos tornamos quando amamos.
 
Brasília, 15 de Dezembro de 2014.
Absinto e Mel, página 60
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 16/12/2014
Alterado em 27/08/2020
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