Confissões (1)
Os versos que te fiz eu escrevi com sangue
na força da paixão, dos meus desejos tantos,
rolando em meus lençóis, te vendo pelos cantos,
saudosa do calor, que exala o corpo langue.
Os versos que escrevi são frutos dos encantos
do meu amor por ti. Mas vivo tão exangue
porque o destino meu – embora de mim mangue –
me impôs viver assim, entregue aos teus quebrantos.
Por isso vivo, agora, a tropeçar em versos,
que nascem dentro em mim, e viçam nos anversos
do meu viver que, em ti, encontra a luz da vida.
Saudade exala, sim, dos versos que te fiz,
porque, distante e só, eu vivo por um triz
perdida de paixão, de amor por ti perdida
Brasília, 13 de Dezembro de 2014.
Absinto e Mel, pg. 30
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 13/12/2014
Alterado em 27/08/2020