Textos


Tudo passa

Quisera ser pequena novamente,
a tua menininha que, dengosa,
deixava-te, por vezes, tão nervosa,
algumas vezes tão feliz, contente;
 
aquela menininha inconsequente
correndo nas calçadas, toda prosa,
a tez da face rubra, como a rosa,
o olhar vivaz, mas tímido e inocente.
 
Mas tudo já se foi – o tempo passa –
não brinco mais na rua, nem na praça,
nem podes mais ouvir meus tristes ais.
 
Aqui fiquei, cumprindo a minha sina,
mas aprendi – a morte nos ensina –
que a dor lapida a alma dos mortais.

Brasília, em 16 de Agosto de 2014.
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Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 17/08/2014
Alterado em 06/08/2020
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