Disfarces
Os disfarces, as máscaras no rosto,
não encobrem os íntimos defeitos,
os valores mesquinhos, tão estreitos,
que só causam, a tantos, dor, desgosto.
Os adornos fantásticos, perfeitos,
combinados com raro e fino gosto,
(um conjunto, tão belo, bem composto),
não apagam teus os vis, suspeitos.
Aparências, disfarces, nada mais,
que se acabam bem antes do que a festa,
animados e belos carnavais.
Quando finda a festança nada resta
de teu garbo e atitudes irreais:
teu caráter maléfico te embesta.
Brasília, 14 de Janeiro de 2014.
Versos alados, pg. 55
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 09/08/2014
Alterado em 11/08/2020