Lamento
Edir Pina de Barros
Mas que tolice a minha amar-te tanto,
sonhar com essas mãos nos meus cabelos,
e receber carinho, afagos, zelos,
sentindo o cheiro teu em meu recanto.
Os teus abraços, sim, quisera tê-los,
também, o olhar, de mais profundo encanto,
e ser razão de risos, sonhos, pranto,
porém, jamais escutas meus apelos.
Contigo iria onde quer que fosses,
nos mais amargos dias, nos mais doces,
a te adorar, ó, meu querido amado.
Mas tu preferes ir, além, sozinho,
sem ter pousada, sem ter lar, um ninho,
lobo guará perdido no cerrado..
Brasília, 07 de Agosto de 2014.
Absinto e Mel, pg. 71
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 07/08/2014
Alterado em 06/08/2020