Textos


Raízes
Edir Pina de Barros

Quantas saudades sinto lá da roça,
do milharal, das pacas, espantalhos,
do passaredo, aos bandos, pelos galhos,
na fresca cumeeira da palhoça.
 
Saudades do gemido da carroça
cortando a areia fresca dos atalhos,
barulhos de cincerros, de chocalhos,
lembranças que ninguém, nada destroça.
 
Como riacho, em suas correntezas,
carrego dentro da alma tais belezas,
desde as nascentes, terras de onde venho.
 
O tempo tudo mói – antigo engenho -
nas não tritura, não, coisas que eu tenho
guardadas dentro em mim, nas profundezas.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 01/07/2014
Alterado em 25/07/2020
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