Absinto e mel
Eu já vivi, do amor, os apogeus,
e, do prazer, os píncaros sagrados,
de todos os mais belos, enflorados,
mais belos que os vergéis do eterno Zeus;
também plantei os brancos lírios meus
na terra fértil dos enamorados,
porque demais amei tempos passados
provei o fel do mais amargo adeus.
Absinto e mel, as seivas dos amores
que correm dentro a árvore da vida,
nos ciclos sazonais, tão soberanos.
Amar! Amar! A fonte dos candores,
de encontros, desencontros, despedida,
penares que nos tornam mais humanos.
Brasília, 30 de Maio de 2014.
Livro Absinto e Mel, página 12
Sonetos Selecionados, pg. 102
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 30/05/2014
Alterado em 19/06/2020