Tesouro
Tu sabes, meu amor, quanto aprecio
o teu jeitinho ousado, as mãos aflitas,
o lume de teus olhos quando fitas
os meus, causando em mim um calafrio?
E quando teus olhinhos eu espio
enquanto vais tirando as minhas chitas,
buscando em minhas lavras as pepitas,
meu corpo, de prazer, se torna um rio.
Faísca as minhas águas, todo o leito,
(meu corpo inteiro, morno, liquefeito),
e busca dentro os veios pedras de ouro.
Revira as grupiaras sobre areia...
Bamburra! Gira e gira essa bateia,
que encontrarás em mim veraz tesouro.
Brasília, 2 de Janeiro de 2014.
Absinto e Mel, pg. 50
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 02/01/2014
Alterado em 06/08/2020
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