Ciclos LXIII
Se a vida tão depressa acaba, passa,
por que viver mascando dissabores?
Se tu tiveste sonhos, mil amores,
lembranças que ninguém, jamais, devassa?
Felicidade sempre foi escassa,
cultiva, enquanto podes, rosas, flores,
e sente os bons perfumes, bons olores,
na brisa delicada que te enlaça.
Depressa passa, mais do que a fumaça,
e deixa, dentro em nós, tristeza e dores,
mas traz, também, prazeres, alegria.
A vida, eu sei, nem sempre calma, lassa,
transporta, dentro o ventre, mil verdores,
e é prenhe de emoções e poesia.
Brasília, 03 de Setembro de 2013.
Livro: CICLOS, pg. 87