Desejos (1)
Desejos inconfessos! Ai! Desejos
a torturar-me a carne e os pensamentos,
sedentos de candura, sentimentos,
isentos de recatos, tolos pejos.
Desejos de carícias, loucos beijos,
ousados beijos, quentes, suculentos,
- de todos os mais cálidos, sedentos -
em meio aos teus queixumes sertanejos.
Tatuados em minh'alma e nela impressos,
carentes de respostas sem pudores,
porém silentes, mudos, inconfessos.
Ah! Desejos! Meus íntimos tremores!
Olhares impudicos, bem expressos,
seguindo-te, querido, aonde fores.
Brasília, 19 de Setembro de 2013.
Pura chama, pg. 25
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 19/09/2013
Alterado em 18/07/2020