Textos


Ciclos - XLVIII
 
Por vezes, ao lembrar-te, triste penso
nos dias de ventura, já passados,
nós dois felizes, tão enamorados,
vivendo o nosso amor, de modo intenso.
 
Não tínhamos pudores, nem bom senso,
vivíamos os sonhos mais dourados,
de todos os mais belos, impensados,
que agora lembro, com candor imenso.
 
Ao relembrar, saudosa, te revejo,
e escuto a rouca voz,  igual realejo,
a repetir-me juras eternais.
 
Saudades sinto. Quanta nostalgia!
Distante vão-se os tempos de alegria,
que não retornam nunca! Nunca mais!
 
Brasília, 11 de Setembro de 2013.
Livro: CICLOS, pg. 72
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 11/09/2013
Alterado em 11/09/2020
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