Ciclos LXII
Na juventude têm-se sonhos tantos,
desejos e delírios, devaneios,
um mundo a palmilhar sem ter receios,
repleto de surpresas e de encantos.
A morte? Seus escuros véus e mantos?
Passamos, áureos tempos, dela alheios,
entregues à paixão, milhões de anseios,
hipnotizados pelos seus quebrantos.
Desconhecendo a amarga dor, perfídia,
desilusão, o horror da dura invídia,
seguimos, mundo afora, sem temer.
Porém, um dia, o longo sonho finda,
e mesmo a morte passa a ser bem vinda,
porque põe fim à infinda dor do Ser.
Brasília, 21 de Agosto de 2013.
Livro: CICLOS, pg. 86
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 22/08/2013
Alterado em 12/09/2020