Reflexões XIV
Estamos de passagem nesta terra,
ninguém há de ficar para semente
nem temos nada mais do que o presente
que logo, em um segundo, já se encerra.
Não somos pedra, rocha, mar ou serra,
- ninguém há de ficar, por mais que tente,
vivendo entre os mortais, eternamente –
pois somos frágeis ante a morte e a guerra.
De nada valem, não, poder, vaidade,
pensar-se como o dono da verdade,
no tempo exato, tudo chega ao fim.
Na vida pode haver azar ou sorte,
porém iguais seremos ante a morte,
de nada valem torres de marfim.
Brasília, 10 de Agosto de 2013.
Livro: CICLOS, pg.112
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 10/08/2013
Alterado em 14/09/2020