Confissões (51)
Edir Pina de Barros
Ah! Se eu pudera ser o verso, a rima,
Dos teus sonetos, prenhes de estesia,
Que aspergem pelos ares, luz, magia,
Na força que o universo inteiro anima.
Quisera, no teu verso, que lastima,
ser tudo e ser o nada, ser poesia,
o canto de tristeza, nostalgia,
na tua mais perfeita obra-prima.
Ah! Se eu pudera estar nas tuas veias,
No sangue, onde a poesia, em si, se estua,
Pulsante, nas entranhas de teus versos.
E me morrer de amor nas tuas teias,
Na graça divinal de assim ser tua,
No íntimo calor dos teus anversos.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 01/08/2013
Alterado em 27/08/2020