Textos


Confissões (49)
Edir Pina de Barros
 
Os sonhos que eu sonhei - quimeras puras –
Perderam-se no mar das utopias,
E agora me restaram mil fobias,
Forçando-me a fazer fatais loucuras.
 
Rumino agora tanta dor, agruras,
E, só, padeço de mortais sangrias,
Distante do prazer, das alegrias,
Minada pelas seivas das tristuras.
 
Punhais cortantes sarjam minha pele,
E a imensa dor à morte me compele,
Para buscar, além, descanso eterno.
 
Cansada estou da vida, que é concreta,
procuro paz no meu viver asceta,
no mundo da poesia, onde hiberno.
 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 23/07/2013
Alterado em 27/08/2020
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