Textos


Ciclos - XXI
 

Onde andará o amor? Tu me perguntas

com inocência exposta no teu rosto...

E responder quisera, por suposto,

olhos nos olhos, nossas almas juntas.

 

E fico muda quando assim me assuntas,

porque colhi do amor voraz desgosto,

tornei-me um rio com o leito exposto,

tamanha a minha mágoa e dor conjuntas.

 

Enquanto sonhas sonhos de menina,

minha descrença cresce e me amofina

no tempo em que a saudade em mim avança.

 

Ao ver nos olhos teus demais candura,

meu desalento aumenta e me tortura

por ter perdido a luz dessa esperança.


Brasília, 27 de Junho de 2013.

CICLOS, pg. 45
Sonetos selecionados, pg. 90

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 27/06/2013
Alterado em 16/11/2023
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