Reflexões X
Descrida de ilusões, de fantasias,
a duvidar do encanto, da beleza,
andei pelas veredas da tristeza,
seus labirintos, suas aporias.
Depois de amargas dores, agonias,
dos íntimos cansaços e fraquezas,
de um mar de desencantos, incertezas,
contive as minhas lágrimas, sangrias.
De que valem tristezas, desencantos,
esse penar expresso em fartos prantos
que correm, feito rios, sobre o rosto?
Depois do inverno tem-se a primavera,
com novas ilusões, paixões, quimeras
que vencem sempre o inverno do desgosto.
Brasília, 7 de Junho de 2013.
CICLOS, pg.108
Sonetos selecionados, pg. 93
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 07/06/2013
Alterado em 14/09/2020